quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Problemas tecnicos

O meu computador nao me permite escrever com acentos. Por essa razao deixei de postar neste blog. Faço-o agora porque fiquei com saudades. Coitado, anda sempre abandonado... Por isso escreverei, mesmo que seja sem a devida acentuaçao (para um bom portugues, meia palavra basta, nao e verdade?) Estou a começar uma etapa da minha vida que todos dizem que nunca irei esquecer: o meu ano de caloira na Universidade! Ha cerca de 3 meses atras estava um pouco assustada com a ideia de entrar na faculdade mas agora que ca estou, subiram-me os niveis de adrenalina. Isto porque, sendo a pessoa fechada e introvertida que sou, esta experencia de contacto com outras pessoas por minha propria conta tornou-me mais activa. O outro lado e a situaçao academica, evidentemente. Sabendo parte do programa da minha aprendizagem neste semestre ja fiquei com "pica" para estudar! Adoro esta sensaçao! Estou na minha praia! Estou a estudar o que quero! E sou feliz assim basicamente! Como nunca podemos saber tudo nesta vida mais vale aproveitar ao maximo o material do qual dispomos. O saber e para toda a vida, afinal de contas. De qualquer das formas (nao sei o porque desta linguagem meia cuidada minha), um outro ponto que queria revelar esta relacionado com a minha subita visita ao blog deserto. Cada vez que olho para que escrevi anteriormente vejo uma especie de evoluçao minha. E por essa razao que resolvi manter o blog e nao apaga-lo. Tenho aqui uma fase minha dos principios da minha adolescencia negativista. Agoro olho para tras e rio-me. Outras vezes concordo. E engraçado. Agora despeço-me e talvez voltarei ca para rever os varios espelhos neste caleidoscopio da minha vida...

segunda-feira, 26 de março de 2012

Hoje tive um desejo ridículo

Há momentos em que quebro os momentos lúcidos e os alterno com divagações estranhas.

Tive o desejo ridículo de fazer uma daquelas "tea parties". Não sei porquê. Acho que nunca fiz uma e essa talvez seja a razão de tudo. Ou não. Imaginei a mesa redonda de madeira suave e lindas peças de porcelana onde tomaríamos (eu e os meus amigos) uma chávena de chá de erva-príncipe.
O meu seria provavelmente sem açúcar, porque assim me habituei - reparei de como os japoneses não costumam tomar com açúcar e quis experimentar...eventualmente deixei de lado o açúcar.
Seria , talvez, Verão, e estaríamos à sombra de uma grande árvore, a falar e a comer bolinhos.
Que aleatório! Demasiado perfeito...

Talvez um dia passe a não ser só uma divagação...mas para isso preciso de uma mesa redonda de madeira...

~ja ne!

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Partes de mim (I)


Gosto...

Gosto da comida da mãe, ou do pai ou do irmão porque não sou eu a cozinhá-la nessaS vezes.
Gosto da luz do pôr-do-sol e como ela ilumina as pedras do muro.
Gosto do cheiro a incenso.
Gosto da minha casa, as paredes familiares, de andar de pijama o dia inteiro.


Gosto do meu pai, da minha mãe, do meu irmão e da minha irmã.
Gosto da tua teimosia e aleatoriedade.
Gosto da tua amabilidade.
Gosto da tua calma e preguiça.
Gosto do teu sorriso e da tua face suave.
Gosto de voçês.
Gosto de como estás sempre alegre.
Gosto dos teus comentários cómicos.
Gosto da tua sensatez.
Gosto da tua maturidade.
Gosto do teu exemplo.

Gosto dos eternos abraços apesar de saber que nos vamos ver amanhã na escola.
Gosto dos risos e gargalhadas e aventuras, das coisas parvas de que nos rimos.
Gosto de trabalhar convosco.

Gosto de comer.
Gosto de comer acompanhada.
Gosto de desenhos animados.
Gosto de os ver contigo.

Gosto de desenhar.
Gosto de desenhar contigo.
Gosto dos teus desenhos e dos dela, e dos dela.
Gosto de desenhar nos vidros embaciados ,ou no caderno de alguém, ou na areia.

Gosto do cheiro a verniz e a gasolina.
Gosto do cheiro a especiarias.
Gosto do cheiro a madeira.
Gosto do cheiro a livros novos.

Gosto de chá sem açúcar.
Gosto de café com pouco açúcar.
Gosto de gomas com açúcar.

Gosto de coisas antigas, mais do que coisas modernas.
Gosto da chuva, do nevoeiro, do orvalho.
Gosto de coisas que não têm nada a ver umas com outras.

Gosto do Japão, d'África, do meu Portugal.

Gosto de deambular, de entrar em devaneios.

Gosto do meu cabelo, de quando o sol o doira.

Gosto de dizer o que gosto.
Gosto do facto de não poder dizer tudo o que gosto.
Gosto de escrever muito...

...

~ja ne

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Agradeço às minhas imperfeições o que sou...

Cheguei à conclusão que gosto das minhas imperfeições. Estive a pensar naqueles que raramente falham, nos que indubitavelmente tiram as melhores notas na escola, que seguem um caminho predestinado...o meu irmão inclusivamente opinou que aqueles que têm muito boas notas não têm outra saída para além de usarem o seu intelecto para a Medicina, por exemplo( senão estariam a desperdiçar capacidades).

(Aliás, muita gente quer ir para médico..porquê? Não sei muito bem, mas estou a fugir ao assunto principal).

Quem não erra está preso, não tem desafios na vida. O que aprendem torna-se chato, porque facilmente o inscrevem na cabeça de tal forma que o aprender torna-se monótono. Ao menos é isto que me parece, por observação directa.
É óbvio que me sinto frustrada quando erro, mas quando me levanto fico sem sombras de dúvida mais alta e forte que o próprio Adamastor!

Tudo o que existe é a ausência do que não existe. Ganhar só existe na ausência de perder ou vice-versa, por isso estas rotações demonstram evolução no mundo. Quem nunca "perde" não vive tão intensamente e "ganhar" é comum e nada de especial. Esta é a minha interpretação...

Por essa razão gosto muito dos meus defeitos. Serão eles que me irão guiar na vida e não as correntes do Destino,este que é superior ao próprios Deuses...
Só não agradeço a Deus tudo isto porque não foi ele o criador das minhas imperfeições. Elas só têm fim em mim mesma e são elas que constroem a minha humanidade; Deus criou a parte animal e perfeita.

Errar é humano, afinal de contas...

domingo, 20 de novembro de 2011

Antigamente era diferente

Parece que muito mudou desde os meus tempos pacíficos e estáticos em que andava no ensino básico. Porém, agora que vejo, não eram assim tão estáticos, eram até mais energéticos, mais cheios de vida.

Dava-me mais gozo aprender e ir à escola nesse tempo...Nunca antes pensei que a única razão porque gosto de ir à escola é a de "ver os meus amigos todos os dias". Não. Sempre gostei pelo facto de ir aprender coisas novas, aliás, sou uma espécie de apologista do pleno desfrutar da ida às aulas, apenas para meu próprio deleite. A parte prática, exercícios excessivos e testes estariam claramente fora deste cenário. Mas assim toda a instituição do Ensino não faria sentido... e agora estou a divagar demasiado.O que quero dizer é que tenho gosto em aprender, exceptuando ,claro, aqueles dias em que a minha cabeça telefona à preguiça para lhe fazer companhia, ainda sou uma pessoa normal vá...

Era uma boa aluna...agora sou uma aluna boa...
A partir do momento em que coloco o adjectivo antes ou depois dou um sentido diferente à frase - e agora aqui vem uma lição de Português(que fixe?). Isto porque o adjectivo antes do nome oferece-lhe uma conotação mais ampliada ou subjectiva.

Era uma boa aluna...
Era uma boa aluna não porque me esforçava por ter boas notas e estudava incessantemente e cegamente para mostrar os meus 5s ( ah...nesse nostálgico tempo era 5 a nota máxima...). Desfrutava das aulas como uma criança quando finalmente convence os pais a comprar aquele doce! Chamem-me estranha, mas estudar fazia-me feliz, trazia-me sempre novas experiências ao dia-a-dia.

...agora sou uma aluna boa...Devido a factores exteriores e à minha excessiva preocupação com eles as aulas tornaram-se menos interessantes. Parece que todos os dias luto só para manter as notas. O 12º ano, os exames trazem toda a responsabilidade, deixam a parte interessante do estudar de lado. Senão, para que é que vim para este curso?
Eu queria seguir esta área mais específica, estudar a minha predilecta Biologia, deixar finalmente de lado a parte prática da Física e Química e guardar apenas os conhecimentos, compreender Fernando Pessoa e os heterónimos... mas todo este "sonho" acaba quando nos vemos na mesma sala de aula que outros vinte e tal alunos não tão interessados como eu, presumo.


Tem de haver sempre alguém que comenta isto e aquilo, há sempre alguém que se queixa por termos trabalhos de casa, há sempre alguém que "abafa" as minhas participações na aulas, porque não falei alto o suficiente e ninguém ouviu ( pudera, com eles todos a falar) e no final só se ouvem vozes a comentar o que foi dito... de repente toca, a aula acaba ( todos já tinham arrumado o material antes da professora ter ordenado) e todos saem com tal celeração que parecem membros de uma manada de gnus. Noto que ainda não arrumei praticamente nada, raramente o faço antes da aula acabar. Espera, a aula já acabou? Ressoam múltiplas vozes nos meus ouvidos desde o corredor, a professora acaba por sair, provavelmente saturada da aula (como eu a percebo). Esta tem sido mais ou menos a minha rotina de segunda à sexta- feira. Até já perdi a vontade de desenhar nas aulas ( aquelas em que ia apenas ouvindo a matéria e ocupava as mãos com os meus rascunhos, apesar de ter plena noção da aula). No 10º ainda aproveitei aquelas aulas de Biologia e Geologia onde estavam todos sossegados e deixavam ao menos ouvir a matéria e interferir quando em dúvida. Cheguei a participar tanto nesse meu "primeiro ano de Secundária" que até me surpreendi, não costumava participar tanto no ciclo.E aqui estou eu completamente ciente disto tudo mas incapaz de alterar o que quer que seja.


Começo a pensar que também o professores devem estar fartos de ensinar a quem não quer saber. A escola é maioritariamente feita de maus alunos e alunos bons.

E grande parte de mim faz ,hoje me dia, parte dos alunos bons, infelizmente.
Vou-me agarrando àquela faísca do outros tempos...do antigamente....ah...antigamente era diferente...

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Acho que finalmente me apaixonei

Não por quem, mas por o quê será a pergunta...



Ultimamente tenho estado um pouco à deriva comigo própria, porque dou comigo a pensar ,talvez seriamente demais, na questão do Amor, este que nunca me bateu à porta. De todas as minhas experiências falta carimbar esta na minha vida de adolescente.
Contudo, o que me deixa mais entontecida, é o facto de não saber a sensação de me apaixonar mas atingir uma sensação tangente à mesma (será realmente?).




Quando perante cenas de Amor num filme, série ou até numa música, parece que absorvo o que os personagens sentem.
Sinto ânsia, o sangue pulsa tão eufóricamente, quase que sinto o toque nos lábios que não são meus. Sinto a cara quente, porquê? Nem eu sei...se estou corada? Porque haveria de estar?
Mas porquê tudo isto? Não sei. Entro neste estado em que as sensações são tão fortes mas incompletas,tenho o corpo a tremer de adrenalina, quase que lá chego,mas não chego, quase que expludo de nervosismo e ...alegria? Mas por quem? Por eles que estão apaixonados? Que raio é isto?

Nem sequer me sei explicar tanto que tudo o que disse parece absolutamente ridículo...sim é verdade, fico neste estado ridículo tão leve e pesado, tão feliz e triste...e que felicidade estranha.
Já procurei em sonhos o Amor, mas só encontrei fracções do que acabei de explicar. Cheguei a encontrar conforto, mas donde veio ele? Que crise de identidade!Perdi-me...



Nunca antes me senti assim, com todos este paradoxos, com este coração a esforçar-se tanto... às tantas estou mesmo apaixonada...



...devo ter-me apaixonado pelo Amor.

domingo, 14 de agosto de 2011

Aleatoriedades de um café demorado

Hoje acabara de tomar um café com a minha mãe, seguiram-se momentos até que o conseguíssemos pagar.

Olho para a chávena.Vazia. Sentia na língua aquele gosto amargo e ligeiramente doce do café ( só uso metade do açúcar da saqueta). Estava com muito sono por isso o café despertou-me um bocado. A minha mãe murmurava algo sobre o que iríamos almoçar.

Silêncio.

Estávamos sem ideias, como sempre. A senhora que nos serviu parecia ocupada com outros clientes não atendendo ao sinal que a minha mãe lhe fizera para pagar os cafés.
Entretanto na televisão dava "Lua Vermelha"... com um tom de voz aborrecido comentei "essa série nunca mais acaba...".

Passam-se momentos.

Um senhor mastigava indiferentemente um bolo com um olhar vago. Fiquei algum tempo a observá-lo, a analisar-lhe as feições... Como sou parva apeteceu-me rir.

Olho outra vez para a chávena. Continuo a sorrir. De repente tudo ganha uma certa graça pelo facto de eu estar a observar tão atentivamente. O senhor com a boina atrás da minha mãe estava sentado há muito tempo e ainda não tinha sido servido. Eu e a minha mãe ainda não tínhamos pago.Não faço ideia quanto tempo estivemos ali sentadas...

Quando finalmemte pagamos ( e aproveitamos e trouxemos Red Bull para o meu irmão) saio de lá com vontade de rir, a minha mãe a sorrir para mim interrogada.





Conclusão: se fico muito tempo num só local fico parva...Da próxima vez continuarei a olhar só para a chávena do café.

~ja ne