terça-feira, 29 de março de 2011

Amar-te...

Eis um poema aleatório que escrevi. É daqueles a que hoje em dia chamamos poemas contemporâneos, porque não rima...enfim preguiça minha de rimar:

Amar-te é sentir o teu calor,
oferecer-te o meu.
Amar-te é adorar os teus defeitos,
beber das tuas virtudes.
Amar-te é ser verdadeira,
mentir-te para te proteger.
Amar-te é entregar-me,
receber-te em troca.

Amar-te é descobrir todas as cores desses olhos,
enchê-los com com os meus.
Amar-te é deixar-te livre,
acorrentar-te à minha mente.
Amar-te é dar as mãos,
com elas fazer os nossos projectos.
Amar-te é viver por ti,
sofrer e morrer por ti.

Amar-te é respirar a tua alegria,
chorar a minha tristeza no teu peito.
Amar-te é apunhalares o meu coração,
eu remendar o teu.
Amar-te é conhecer o teu cheiro,
fazer com que reconheças o meu.
Amar-te é abraçar-te
e ser abraçada pelo teu amor.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Obrigada, é talvez a última palavra que vos envio

O que eu disser, poderá parecer estranho, á partida. Mas vou dedicar este texto a algumas pessoas, pessoas essas que actualmente não têm qualquer relação comigo e cuja possibilidade de um novo vínculo estará nas suas mãos...

A vida é , muitas vezes, triste. A toda a hora, durante toda a vida criam-se e rompem-se relações. Conhecemos, por exemplo, pessoas que nos deslumbram e nos deixam completamente frenéticos e que, no momento a seguir, nos abandonam e depois,no final, não resta nada.Como me disse o meu irmão, essas pessoas são como "estrelas cadentes". É uma perfeita analogia.

Ao longo da minha infância e adolescência deparei-me com imensas pessoas com quem partilhei muito de mim.

Todas as brincadeiras que fizemos, todas as palavras que trocamos, todas as alegrias que partilhamos fazem parte das minhas memórias. Sinto falta dessas pessoas apesar de muitas me terem virado as costas, de não comunicarem comigo por rancor, de , por alguma razão, não gostarem de mim agora...mas não interessa. Não é dessas pessoas do presente que eu sinto falta mas sim da versão antiga delas que é pintada pela memória.Sim, soa estranho, mas o facto é que elas fizeram e farão sempre parte das minhas vivências, e são essas vivências que me moldam a cada instante. Sou o que sou por causa delas e do que vivi com elas. Por essa razão envio-lhes um "obrigada" por terem feito parte da minha vida e por terem crescido comigo.


Sei que os verdadeiros amigos são aqueles que ficam e não os que saem. Contudo guardarei carinho , não por aqueles do "hoje" mas por aqueles que ficaram na memória intactos e cândidos....

Obrigada a todos vós.


~ja ne