terça-feira, 28 de junho de 2011

Exausta...

A minha alma está cansada...precisa de descanso e um pouco de introspecção...irá o sol do Verão atravessá-la e resgatá-la?
Preciso de me cultivar um pouco...estou farta de ver espíritos ocos...não quero o mesmo destino.

Como já dizia Ega, "preciso de um banho por dentro!"

Visto que tenho uma multidão de livros à espera, lê-los-ei!

domingo, 12 de junho de 2011

"O hábito... é o grande guia da vida humana."



Já dizia David Hume, um filósofo, que o hábito é o grande guia da vida humana e que o conhecimento adquirido através do hábito era apenas uma crença. Isto vem a propósito de uma observação minha que vai de encontro a esta ideia: as pessoas sentem-se confortáveis com o hábito, com o banal e com o que se lhes aparece à frente regularmente. Criam modelos de vida e seguem-nos em hesitação - uma vez que são indubitavelmente confortáveis e seguros - e rejeitam a diferença e o que transcende o quotidiano... fazem da diferença uma aberração.

Um dia destes cantei na varanda enquanto estendia roupa; outro dia ouvia música nos meus headphones grandes e ia cantarolando, ia sorrindo; e ainda outro dia murmurava para mim própria em japonês...

De todas essas vezes, as pessoas olharam-me com estranheza, outras com desprezo e continuavam a olhar para trás mesmo após já estar a largos metros delas.

O que foi?
Apenas partilhei música com os vizinhos, largei um sorriso às caras cinzentas e expressei-me noutra língua.

Rompi a linha do banal, acabara-se o ambiente de conforto, quebrei a crença do seguro...largaram-me os cães.

( É isto que a Póvoa de Varzim tem de mal: as nortadas e as pessoas)

~ja ne

sábado, 11 de junho de 2011

Sou um bicho da toca....

Sempre que saio à rua sozinha, olho sempre em milhentas direcções, reparo em todas as pessoas que passam por mim, como se fosse tudo estranho. Outras vezes vou tão distraída que nem reparo em nada, vou perdida em pensamentos aleatórios que muitas das vezes não têm conclusão alguma. Acho que estou habituada demais a estar em casa, no meu cantinho seguro onde ando de pijama o dia inteiro. É verdade, sou nada mais nada menos que um bicho da toca.

Deve ser por isso que sou tão sensível ao mundo exterior quando me encontro só. Tento compreender os outros neste "mundo exterior" mas acabo sempre por ser o "intruso" na imagem. Não me identifico totalmente com ele.
Para qualquer pessoa será estranho de dizer que não se adapta ao próprio meio onde vive, mas tudo o que sou reflecte-se nas minhas vivências. Nunca saí muitas vezes de casa com o meus amigos na pré-adolescência, nunca viajei para muito longe (frequentemente) e conheci outros sítios e, para além do mais, sou tímida de natureza e insegura quanto a novas experiências (mesmo as mais banais).
Não me sei comportar em sociedade, fico nervosa. Parece um exagero mas a verdade é que sou extremamente introvertida.

Sou um bicho da toca que foge para o seu lar e onde se encontra confortável e seguro. Se ao menos fosse um pássaro...ao menos tinha a consciência que um dia teria de voar...

~ja ne